À Revelia

Minhas reflexões, minhas análises e minhas opiniões. Enfim, minhas bobagens.

sexta-feira, junho 27, 2008



O lindo pode ser tão sombrio que às vezes assusta
Entretanto eu quero manter os meus conceitos
E isto atinge a todos e no final a mim mesmo
Inexoravelmente trazendo dor e frustração

A vida é fugaz e nossas escolhas são decisivas
O que deve ter mais valor? A coerência ou a felicidade?
É possivel ser feliz na incoerência?
É a coerência uma fonte de dor e sofrimento?

Não me diga mais o que fazer
Deixe-me voar mais alto
Sei que frustro a ti e aos outros
Mas meu sangue é contaminado por sonhos
De ser eu mesmo e jamais aceitar os moldes
Criados para nos deformar

Não me diga mais o que fazer
Deixe-me trilhar este caminho
Estou consciente dos meus atos
Mas fui arrebatado por meus desejos
E mostro ao mundo minha alma como ela é
Livre, diferente e única
















Destroçado, despedaçado em meu interior

Eu tento buscar forças nas coisas que vivi
Mas são apenas lembranças, sem forças para doar

Ao olhar para o horizonte eu percebo o que perdi

E não adianta dar justificativas, eu falhei


Preciso, tenho que andar mas sem uma mão guia

Cego entre tantas armadilhas e emboscadas eu vou

Na vã esperança de encontrar alguém ou a mim mesmo

E com este apoio voltar a sorrir, chorar e viver

A malignidade é maior em mim ou a minha volta?

Os motivos de tanta dor são culpa de quem?

Deveria eu ter aceitado ser cinzelado pelo mundo?
Ser moldado pelas massas?
Ser a rocha inerte?

São perguntas, são desesperos que me implodem


Caindo em mim mesmo, preciso e tenho que andar

Sem enxergar preciso evitar os perigos

Devo alimentar uma esperança de encontrar a mim ou a você

E em um seio aquecido sorrir, chorar e viver

sábado, junho 14, 2008


















Drifting Away

Um ocaso ocorre em mim

Final de um ciclo sem que outro comece
As esperanças caem por terra mas ainda sorriem
Deixando-me atônito com seqüêlas na alma

As torturas a que sou submetido e as lacunas
Que ficam em mim são como espaços tenebrosos
Me fazem pensar, pensar, lembrar, sonhar e chorar
Não tenho tanto tempo assim e nem sei o que sou, quem sou
Trágico presente, que é ausente, é demente

Evito o que eu preciso e me agarro no passado
As entranhas mais uma vez à mostra
Não quero mais isso e nem quero mudar
Fico então abandonado por mim mesmo em uma cela

O sol brilha, os dias são frios e me aqueço
Nos vislumbres de um olhar que não vejo mais
Cansei, e cansado deito só e choro
Revejo em sonhos e em pesadelos o que enfrentarei
E aceito, simplesmente aceito e espero no meu fim um novo recomeço