À Revelia
Minhas reflexões, minhas análises e minhas opiniões. Enfim, minhas bobagens.
O lindo pode ser tão sombrio que às vezes assusta
Entretanto eu quero manter os meus conceitos
E isto atinge a todos e no final a mim mesmo
Inexoravelmente trazendo dor e frustração
A vida é fugaz e nossas escolhas são decisivas
O que deve ter mais valor? A coerência ou a felicidade?
É possivel ser feliz na incoerência?
É a coerência uma fonte de dor e sofrimento?
Não me diga mais o que fazer
Deixe-me voar mais alto
Sei que frustro a ti e aos outros
Mas meu sangue é contaminado por sonhos
De ser eu mesmo e jamais aceitar os moldes
Criados para nos deformar
Não me diga mais o que fazer
Deixe-me trilhar este caminho
Estou consciente dos meus atos
Mas fui arrebatado por meus desejos
E mostro ao mundo minha alma como ela é
Livre, diferente e única
Destroçado, despedaçado em meu interiorEu tento buscar forças nas coisas que vivi
Mas são apenas lembranças, sem forças para doar
Ao olhar para o horizonte eu percebo o que perdi
E não adianta dar justificativas, eu falhei
Preciso, tenho que andar mas sem uma mão guia
Cego entre tantas armadilhas e emboscadas eu vou
Na vã esperança de encontrar alguém ou a mim mesmoE com este apoio voltar a sorrir, chorar e viver
A malignidade é maior em mim ou a minha volta?
Os motivos de tanta dor são culpa de quem?Deveria eu ter aceitado ser cinzelado pelo mundo?
Ser moldado pelas massas?
Ser a rocha inerte?
São perguntas, são desesperos que me implodem
Caindo em mim mesmo, preciso e tenho que andar
Sem enxergar preciso evitar os perigos
Devo alimentar uma esperança de encontrar a mim ou a vocêE em um seio aquecido sorrir, chorar e viver
Drifting Away
Um ocaso ocorre em mimFinal de um ciclo sem que outro comeceAs esperanças caem por terra mas ainda sorriemDeixando-me atônito com seqüêlas na almaAs torturas a que sou submetido e as lacunasQue ficam em mim são como espaços tenebrososMe fazem pensar, pensar, lembrar, sonhar e chorarNão tenho tanto tempo assim e nem sei o que sou, quem souTrágico presente, que é ausente, é dementeEvito o que eu preciso e me agarro no passadoAs entranhas mais uma vez à mostraNão quero mais isso e nem quero mudarFico então abandonado por mim mesmo em uma celaO sol brilha, os dias são frios e me aqueçoNos vislumbres de um olhar que não vejo mais
Cansei, e cansado deito só e choroRevejo em sonhos e em pesadelos o que enfrentareiE aceito, simplesmente aceito e espero no meu fim um novo recomeço