À Revelia

Minhas reflexões, minhas análises e minhas opiniões. Enfim, minhas bobagens.

domingo, dezembro 03, 2006




PRESERVAR O QUÊ?
  

              O assunto sobre a condenação por parte da Igreja ao uso de preservativos nas relações sexuais é um caso complicado. Antes de tudo, a Igreja na verdade não condena o uso de preservativos mas a atividade sexual irresponsável e fora do matrimônio. Se todos, ao menos os católicos assim procedessem, não haveriam tantas epidemias de doenças sexualmente transmissíveis. Portanto, meu lema é: Evite a todo o custo ter relações fora do casamento. Porém, se por um motivo ou outro isso não for possível (no fundo sempre é!!) então não abra mão do uso de preservativos.

              No mundo atual, somos induzidos cada vez mais a sermos escravos do sexo. A pressão é deveras enorme. Eu sofro deste mal também, confesso, e isso me martiriza por demais. É desconcertante e tragicômico ver as pessoas zombarem da Igreja por ser arcaica e apregoar coisas aparentemente absurdas e sem fundamento. Afirmam ser conduta de fanáticos, de pessoas amordaçadas por crenças e superstições religiosas. Esquecem esses acusadores que eles mesmos são prisioneiros, verdadeiros escravos do sexo. Não transam descompromissadamente por aí por estarem curtindo a vida. Assim pensam, mas na verdade estão cada vez mais subjugados pelos sentidos. No fundo buscam algo e necessitam desesperadamente deste prazer que por mais intenso que possa ser é efêmero e portanto vazio. Não seria essa busca insandecida pelo prazer sexual uma compensação pelo imenso vácuo espiritual em seus corações? Não procuram aliviar o abismo interior tentando preencher com algo que por ser fugaz não complementa a alma, ou como queiram, o ego?

              Antes de clamarmos às pessoas para que usem preservativos em suas loucas e neuróticas relações, não seria mais correto darmos o verdadeiro valor às coisas? Uma vida equilibrada e devotada mais ao crescimento pessoal e espiritual de si e do próximo não vale mais do que alguns momentos fugazes de prazer corporal?

              Ouso dizer que no prazer ilusório do ato sexual buscamos a Deus sem darmos conta disso. Estamos claramente mostrando através de sandices e irresponsabilidades que somos órfãos clamando pelo Pai mas obviamente de forma totalmente errônea. Que Deus possa canalizar este anseio subconsciente para o reto caminho.