Nas estepes da minha solidão
Um álbum negro se abre com o vento
Mostrando imagens de algum momento
Cenas e lembranças que nunca vivi.
Olho em volta e só vejo a imensidão
E sei que algo se aproxima sorrateiramente
Em um pouso enigmático e irresistível
A inconteste presença etérea da verdade.
O sol brilha ao sul e desnorteado eu fujo
Minhas carnes se impregnam de medo e dor
O caos se liberta das entranhas do mundo
O real se incute em meus sonhos, a lucidez.
As estepes, o vento, o momento, eu nunca vivi
A imensidão, algo iressistível, a verdade
O sol, medo e dor, o caos, o real, enfim lúcido.
Minha solidão em um álbum negro
Imagens, cenas e lembranças
Desnorteado, impregnado, mas liberto em sonhos.
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